segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Praça Cônego Mont Raso



A praça Cônego Mont Raso situa-se no centro de Virgínia, bem onde começou a cidade.
Padre Custódio de Oliveira Mont Raso era natural de São João del Rei - MG, e foi pároco na cidade de Cristina, na segunda metade do século XIX. Em 1865, passando pela região onde hoje é Virgínia, ficou encantado com as terras virgens, e mandou erigir uma capela no local, graças à doação de 5 alqueires de terra, doação feita pelos fazendeiros Diogo Labat Uchôas e Francisco Ribeiro Pires.

Consegui esta história do padre Mont Raso em www.carmodacachoeira.blogspot.com/2009/01/detalhe-de-uma-antiga-chave.html :
Cônego Monte-Raso. Da obra "Templos e Crentes - Baependi". José Alberto Pelúcio. 1942.p.171.

Era o cônego Custódio de Oliveira Monte-Raso, filho de Itabira do Campo. Não sabemos, com precisão, o dia do nascimento desse distinto mineiro. Segundo registro de seu óbito, feito por Mons. Marcos Nogueira, em 27 de maio de 1910, tinha de idade, naquela ocasião, 87 anos e 10 meses. Assim, nascera em agosto de 1823.
Era filho legítimo de Antônio Joaquim de Oliveira e de d. Maria
Eugênia de Oliveira. Fez seus estudos em Congonhas e no Caraça. Em Congonhas, aguardando idade para receber ordens, lecionara filosofia, logrando a ventura de ter como discípulo o jovem que, mais tarde, veio a ser bispo do Rio-de-Janeiro - d. Pedro Maria Lacerda.
Recebeu ordens, em 1846.
Cantou sua primeira missa na matriz de Itabira, em 8 de dezembro do mesmo ano que se ordenou.
Por esse tempo, já residindo em Baependi Olímpio Carneiro Viriato Catão, também de Itabira do Campo, empreendeu uma viagem, durante a qual ficou sabendo ter o exmo. d. Viçoso resolvido mandar para Baependi, como vigário, um colega do recem-ordenado padre Custódio, indo este para o outro lugar. Catão resolveu intervir no sentido da vinda do mesmo para Baependi, o que conseguiu do exmo. sr. d. Viçoso. E assim foi que, segundo informaram, veio para esta cidade o padre Monte-Raso, com pároco, em 1847.
Tomando posse, em março do mesmo ano, foi quem batizou o menino Marcos, aquele mesmo que, mais tarde, já sendo mons. Marcos Nogueira, o acompanhara no enterramento e lhe registrara o óbito.
O cônego Monte-Raso, depois de uma visita a parentes seus, em Santa Catarina e Virgínia, para Baependi, onde ficou residindo, na mesma chácara em que também morou sua sobrinha, d. Joaquina, casada com Manuel Constantino Pereira Guimarães.
Perto do edifício da chácara, quase à entrada de dois extensos e frondosos renques de bambús, tinha sua modesta casinha. Alí, naquele retiro, tão propício a meditações, possivelmente muito pensara na sorte dos desemparados, e alimentara o sonho, que trazia na mente, de concorrer para lhes mitigar os sofrimentos.
Dirigiu a construção da Santa Casa e foi seu provedor. Luiz Fernandes da Costa foi secretário; José Francisco Xavier, tesoureiro; Joaquim Pereira Alves Madeira, procurador; Foram os seguintes fiéis que pediram ao bispo, a aprovação da parte religiosa do Compromisso: José Pedro Américo de Matos, pe. José Silvério Nogueira da Luz, vigário Marcos Pereira Gomes Nogueira e dr. Cornélio Pereira de Magalhães.

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